Vamos fazer história ?

O OUTRO LADO OPERÁRIO:
Uma breve análise das práticas de lazer na União Artística Operária Caxiense, na década de 1960¹

União Artística Operaria Caxiense, foto recente.

OLIVEIRA, Raing Rayg de Araújo[1]
SOUSA, Aldeanne Silva de[2]
VALÉRIO, Isadora de Sousa[3]










RESUMO:

O presente artigo tem como objetivo principal, iniciar uma análise das práticas de lazer desenvolvidas pelos operários dentro da sociedade União Artística Operária Caxiense, na década de 1960, articulando sobre o conceito de classe operária, de povo e analisando os discursos encontrados em periódicos que circulavam no período na cidade de Caxias, Estado do Maranhão.

INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas de lazer desenvolvidas pelos operários da União artística operária caxiense no período de 1960-1970. Terra conhecida como "Caxias das Aldeias Altas", o "berço dos poetas", de tantos políticos, encerramento de uma grande revolta, a Balaiada, de tantas tradições que fazem desse local, um clima de cidade diferenciada. Cidade dos famosos "caxienses ilustres", que se proclamaram numa Belle Epoque, no período de modernização da sociedade como um todo. Remetemo-nos aqui, a outra camada desta cidade de Caxias, à classe que contribuiu maciçamente para esta modernização – o operariado.  
Observou-se inúmeras lacunas, tanto sobre o que se trata de operariado em um contexto geral, como na específica cidade. Então, como todo artigo, existem também, as limitações irrefutáveis. A primeira, diz respeito à questão de fontes, que ainda estão sendo colhidas. Desse modo, o que está sendo apresentado, não vem, de forma alguma, esgotar a produção sobre o tema.
Utilizou-se como fontes de pesquisas, autores que falam sobre a classe operária como Edward Palmer Thompson (1987) e Antonio Paulo Rezende (1994). No campo do lazer, referenciamos Marco Antonio Bettine de Almeida (2005); para tratarmos da categoria povo, utilizamos um clássico da historiografia, Nelson Verneck Sodré (2008) e, por fim, na pesquisa local, fazemos uso dos trabalhos de renomados pesquisadores e estudiosos que remetem à cidade de Caxias: Milson de Sousa Coutinho (2005), Jordânia Maria Pessoa (2009) e Ana Paula Alves Pereira (2010). Além de termos como fontes primárias, os jornais Folha de Caxias e Nossa Terra, que circularam na década de 1960, bem como a Ata de Fundação e Instalação da Sociedade União Artística Operária Eleitoral Maranhense (1915).
A estrutura do trabalho encontra-se dividida em 04 partes: introdução, dois momentos e as considerações finais. No primeiro momento discute-se sobre a classe operária e a categoria povo, a nível geral, enfatizando a década de 1960 no contexto político, principalmente. Já no segundo, falar sobre o conceito lazer e apresentar as formas desempenhadas pelos operários dentro da União Artística, segundo os jornais analisados, e nas considerações finais, aponta-se que esta sociedade foi de grande importância para a sociedade caxiense. 



[1] Aluna do Instituto de Ensino Superior Franciscano do Curso de Pós-Graduação Ensino de História do Brasil: cultura e sociedade.
[2] Aluna do Instituto de Ensino Superior Franciscano do Curso de Pós-Graduação Ensino de História do Brasil: cultura e sociedade.
[3] Aluna do Instituto de Ensino Superior Franciscano do Curso de Pós-Graduação Ensino de História do Brasil: cultura e sociedade.



Nenhum comentário:

Postar um comentário